ele vai sumindo aos poucos,
como o sol num final de tarde verão.
seu tempo já acabou...
mas ele insiste em ficar.
pra tentar brilhar de novo,
pra tentar aquecer o mundo mais uma vez,
pra significar alguma coisa.
ele vai sumindo, velozmente, inexoravelmente,
porque, diferente do sol, ele apagou!
perdeu o brilho, o calor, a vida...
de volta ao vácuo e à escuridão.
nada mais pra ver...
nada mais pra cantar...
nada mais pra viver...
o sol se renova todos os dias
no seu ciclo ininterrupto e imutável:
nasce pela manhã e morre pela tarde.
ele não é o sol, não é nem sequer um planeta
não é uma lua e nem mesmo é um asteróide.
ele é apenas um grão de poeira do espaço
que incendiou-se na atmosfera.
um brilho efêmero, do nada ao nada.
ele vai sumindo aos poucos,
pouco depois de descobrir,
depois de uma longa existência,
como dói existir!
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