quinta-feira, 25 de junho de 2009

Retornar é preciso

Nessa ausência eu deveria ter ido para o Tibet.
Quem sabe aquele ar rarefeito e a solidão espagadora do pico do Himalaia pudesse me fazer entender que as vezes é preciso calar a boca.
Foi preciso meu mundo inteiro desmoronar para que essa simples atitude finalmente entrasse na minha cabeça.
E, mesmo assim, mesmo calando a minha boca, mesmo tentando aprender a escutar, mesmo deixando que o destino siga seu inexorável caminho, mesmo sabendo que nada mais possa ser como antes, mesmo sabendo que a tristeza é uma das conseqüências dos nossos próprios atos, mesmo querendo mudar de vida, mesmo querendo ajudar as pessoas, mesmo querendo ajudar o mundo a ser um lugar melhor, mesmo pensando que Deus está em todas as coisas, mesmo sabendo tudo isso, causei um mal gigantesco a mim mesmo e a quem eu amo.
Amar profundamente pode ser a causa de todo mal na nossa vida.
Devemos desistir de amar?
Devemos desistir da vida?
Devemos desistir?
Não.
NÃO!
Não devemos desistir.
Nem da vida e muito menos devemos desistir de amar.
Nem que pra ísso seja necessário sofrer para curar o corpo dos males que causamos e curar a alma do desânimo que a domina.
Curar o amor exige demais de todos nós.
Mas curar o amor é curar a vida.
Curar o amor é curar a si mesmo.

Curar o amor é curar a si mesmo.
Ninguém além de mim pode fazer isso por mim.
E ninguém além de mim pode sofrer o meu sofrimento.
E ninguém, mas absolutamente ninguém, pode curar a minha alma senão eu mesmo.

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