segunda-feira, 26 de maio de 2008

Descoberta

Estar Feliz:
- viver bons momentos com pessoas especiais,
- viver situações que nos satisfazem plenamente,
- poder contribuir para o crescimento ou a alegria de outras pessoas,
- viver maus momentos, reconhecê-los e superá-los,
- jamais esquecer (mesmo que as vezes pareça) os amigos,
- ver que o trabalho (qualquer trabalho) feito com esforço é reconhecido,
- não estar acomodado (estou reciclando a minha vida): inovar, renovar e remodelar,
- amar profundamente, irrestritamente, respeitosamente, inexoravelmente. Mesmo que seja por apenas um segundo, mas que seja verdadeiro, puro e incomensurável!

Felicidade:
Poder estar feliz, não o tempo todo, mas algumas vezes na vida.
E poder lembrar de cada uma das vezes que esteve feliz.
E ficar feliz por cada lembrança!!!

Pensando nessa descoberta verifiquei que (apesar ds fulias do destino, das encrencas da vida e das falsetas e vilanias da humanidade) sou um cara feliz. Posso ver isso. Posso aceitar isso. Posso viver com isso.
Muita gente acha que "ser feliz" tem a ver com objetos, com carros, com dinheiro, com fama, com popularidade, com conquistas amorosas (que se desfazem logo em seguida) sem um real comprometimento, com conquistas meramente sexuais sem nenhum tipo de conseqüência.
Mas a verdade sobre ser feliz é lembrar de pequenos momentos.

Estar na praia pensando em como é bom comer um peixinho frito, recém pescado.
De repente, o mar começa a se agitar com um cardume de tainhas, arrastadas pela correnteza. Uma camiseta vira rede, e lá se vai o pescador improvisado.
O divertimento da caçada, o processo de limpeza e fritura dos peixes e a cerveja que acompanha tem tudo pra deixar alguém feliz.
Quando aconteceu comigo, me tornei o homem mais feliz da terra. E as pessoas que estavam comigo também.

Prazer simples, prazer de momento, prazer inesquecível!
Cada vez que lembro dessa aventura, o prazer de ter vivido volta e me sinto mais tranquilo, mais confiante.
Fico feliz hoje porque um dia, se eu precisar, poderei repetir isso.
E ficarei feliz novamente.

Mas existe um porém: não basta simplesmente entegar-se aos "bons e velhos tempos".
O passado pode ter sido bom, mas é o presente que importa. E o futuro chega logo.
E tudo vira passado.
É preciso, pois, lembrar do passado mas saber que o que realmente importa é o hoje e o amanhã.
Não é possível ser feliz ontem.
Lembramos que tivemos um moemnto feliz ontem.
Mas aquele momento está na memória, para que possamos preparar o futuropara repetí-lo.
Não se pode ser feliz sempre.
Quem está sempre feliz deve estar com problemas.
Ou deve estar mentindo pra si mesmo.
E não se pode ser feliz mentindo.

Felicidades a todos!!!!

sábado, 10 de maio de 2008

Por falta de assunto, a gente fala da falta de assunto

Quantas vezes a gente começa a conversar com os amigos, animadamente, sobre tantos assuntos que aconteceram no dia, na semana, no mês, e de repente acontece: silêncio mortal! ACABOU O ASSUNTO!!! Por incrível que pareça, esse tipo de incidente acontece o tempo todo. Até com os mais conversadores.
A falta de assunto é como um cadáver (não pela caracterísitca básica do cadáver, de estar morto e em decomposição): é incômodo, pesado e não é tão simples assim de se livrar dele. Talvez seja meio frio também. O certo é que uma falta de assunto é algo que pode variar entre uma simples pausa na conversa e uma situação bastante desagradável.
Vejamos alguns exemplos:
  • Quatro amigos, torcedores do mesmo time, assistindo ao jogo num bar. Questionam o posicionamento dos jogadores, as decisões do técnico, criticam o narrador, pedem uma cerveja. Passa uma garota, com uma mini mini-saia, um corpo escultural, e evidentemente mostrando o material para os embasbacados amigos que já esqueceram do jogo. Ela passa e senta com um brutamontes mal-encarado. os quatro amigos começam a comentar sobre as qualidades da garota, sua postura, o apuro na combinação de roupas (ou não-roupas), o sapato dela (AAAAHHH!!! Sapatos sempre rendem boas conversas.), as semelhanças com uma antiga colega gostosona no colégio, que cada um paquerou, cada um pensando nas suas aventuras amorosas... De repente, sem aviso nenhum, cai ali o cadáver. Digo, a falta de assunto! Sem aviso! Sem perdão!! GOOOOOOLLL!!!! Mas eles se olham. E cada um pede mais uma cerveja. Vai um tempo até que o cadáver, digo a falta de assunto, desapareça.
  • Quatro amigas batendo pernas num shopping, jogando charminhos, e fazendo poses pra mostrar como estão realmente bonitas e desejáveis, conversando sem parar sobre todos os mais variados assuntos, animadamente, entremeando uns "- QUE LINDO ESTE SAPATOOOO!!" e um "- Adorei este óculos. Pena que é muito caro!" entre conversas mais sérias sobre o trabalho, sobre o chefe carrsco, sobre os maridos/namorados que não prestam atenção nas unhas, cabelos, pulseiras e colares. De repente, as quatro encontram o Marcelinho, aquele antigo colega de escola, de faculdade, de trabalho, de academia. Todas felizes por encontrá-lo. Um gato! Lindo de morrer. Cada uma delas já saiu com Marcelinho, em diferentes épocas. Mil loucuras. Mas nenhuma das outras sabem. E jamais vão saber. Por que seria traição. Todas sabem que todas sempre estiveram a fim do Marcelinho. Então, naquele frenesi hormonal a flor da pele, aparece um cara, 1.80 de altura, bonito, sério. Sutilmente ele engancha no braço do Marcelinho e sussurra no ouvido dele um "Vamos?". Marcelinho responde um "Ok, baby!", se despede e sai aos beijinhos com o seu namorado. As garotas ficam chocadas, começam a falar ao mesmo tempo, rapidamente, sem esperar resposta. "Como? Quando? Meu Deeeeeeus!! Não é possível!! E eu que..." e por aí vai. Na sequencia, o cadáver, digo a falta assunto, cai estrondosamente. O shopping balança. Vai demorar muitos anos até que elas voltem a falar sobre Marcelinho. Ele vai ser a grande falta de assunto delas.

Falta de assunto é o mal do século. Com tanta informação trasmitida pela tv, rádio, celular, internet, outdoors, carros de som, não é preciso mais conversar. Basta respirar. Os assuntos aparecem e desaparecem. Em silêncio. Como um cadáver em decomposição. Desaparece lentamente, silenciosamente, inxoravelmente.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Uma carta de amor

Dsculpem o tema que ando implacavelmente martelando nessas toscas postagens. Mas é que é uma fase da minha vida que estou escrevendo. Na verdade, acho que todo mundo deveria discorrer sobre o assunto.
Os escritores mais reverenciados, os filmes mais famosos, as melodias mais doces, os momentos mais inesquecíveis da vida de cada habitante desse planeta acaba desembocando em momentos de puro extase romântico. De conquista, de perda, de felicidade ou de dor. Até homens bomb precisam estar terrivelmente apaixonados pela sua causa para poder morrer por ela.
Por isso, sigo publicando. Quem não gostar, desculpe. Tempos atrás eu pensava da mesma forma: "- quanta bobagem tem nessa internet". Mas então, veio a vontade de publicar meus "segredos". Nem que seja pra alguém não gostar. Um abraço a todos.

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Caxias do Sul, 06 de maio de 2008

Estou de aniversário! 45 anos! 30 de música! Quase 20 de computação!
Obrigado pela mensagem de aniversário. Recebi várias mas, pra mim, a tua foi a mais importante e a que eu li mais vezes.
Cá estou eu novamente a escrever bobagens.
Talvez seja efeito do conhaque (combinando o frio da madrugada com os meus festejos), talvez seja efeito da minha paixão por ti que me deixa cada dia mais triste e cada dia mais eufórico.
Quando vejo a tua foto, quando escuto a tua voz, quando lembro do teu sorriso, quando sinto o teu beijo, quando eu te vejo, quando abro os olhos me dou conta do quanto te amo.
E do quando eu sou incompleto como pessoa e incapaz como homem prá te cativar.
Sim.
Por incrível que as pessoas possam achar, por incrível que tu possa crer, te amo cada vez mais.
A cada dia que passa, a cada tic-tac do relógio, a cada bater do coração.
Sim. É coisa meio doentia.
Sim. É totalmente desumano.
Sim. É burro, bobo e sem noção.
Dizem que quem ama faz coisas que muita gente duvida.
Dizem que quem ama sofre.
Dizem que quem ama tem um parafuso a menos.
No meu caso é a mais pura verdade.
O que me manteve longe de um mundo muito ruim foi o amor que tenho por ti.
O amor (de todos os tipos) que sinto e vivo a cada momento salvou a minha vida.
Me deixou um homem mais emocional, mais vivo, mais responsável.
Eu sei que pode parecer choradeira o que estou escrevendo.
Pode parecer capítulo reprisado de novela ruim, daquelas mexicanas.
Não estou chorando. Não de tristeza.
Ao menos eu conheci a pessoa mais importante da minha vida, tive o imenso privilégio de estar com ela. Desde o primeiro momento, quis que fosse prá sempre.
Que tivesse significado.
Sonhei com uma tarde de inverno, no alto de uma montanha, enrolado nu cobertor com ela junto a mim.
Viagei nos sonhos dela, tentando descobrir como faria pra poder ajudá-la na realização desses sonhos.
Me apaixonei completamente por ela, pelos filhos dela...
Nunca, na minha vida toda, amei, respeitei e me orgulhei tanto.
Nunca me importei tanto por outra pessoa.
Nunca pedi nada em troca. Nada.
Desculpe.
Deve ser influencia do Domeq.
Ando emocional demais. Bebo um pouco e escancaro o coração e o pensamento.
6 de maio é um dia mais q especial.
Dia que eu nasci, faz muito tempo.
E dia que eu aprendi que a vida vale a pena ser vivida.
Te amo, Raquel! Além de qualquer compreensão.
Além de qualquer doce, além de qualquer coisa.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

aos Rinocerontes e aos Cristais



eu estraguei tudo, como rinocerontes
numa loja de porcelanas e cristais.
para isso, dou-te razões aos montes
por não me quereres mais.

eu estraguei tudo, como um bovino
enloquecido nos campos e quintais
que chuta e fere, correndo sem tino
por isso não me queres mais.

eu estraguei tudo, tu não me queres mais
penso em acabar com agonia que me tortura
como rinocerontes numa loja de cristais.

mas eu te amo como a minha vida
eu, rinoceronte, bovino, sem tino
te amo, incessantemente, demais.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Soneto do Pensamento

Aos teus pés coloco minha vida
Em tuas mãos deposito os meus sonhos
Ao teu coração digo "EU TE AMO"
De forma mansa, clara, definida.

Não penses que não penso, minha divina
Que teu coração não escuta meus amores
Que tuas mãos não querem meus desejos
E que teus pés corram, além da esquina

Penso assim, o tempo todo, fatigado
Se te quero tanto e com tanto fervor
A ponto de padecer de amor fisicamente

Penso assim, o tempo todo, apaixonado
Que te amei, te amo e te amarei, flor
Calma, completa, fiel e intensamente