Depois de um tempo sem dedicar uns minutos para falaciar e fanfarronar cá estamos de volta.
Onde estávamos mesmo?
Num jardim inglês? Nas profundezas do pensamento depressivo? Nas questões filosóficas que só tem sentido depois de meia garrafa de uísque? Na beira do abismo entre as galáxias?
Não. Nada disso. Estávamos vivendo a vida, o estressante e cruel mundo real, onde muitas vezes a ficção fica devendo em termos de tramas, confusões, coisas idiotas e comportamentos mais idiotas ainda.
Exemplo: vários amigos trabalham juntos no mesmo lugar durante anos; Todos se respeitam. Todos são solidários, solícitos e unidos. De repente, um desses amigos recebe uma responsabilidade a mais, como gerenciar um grupo de trabalho. Imediatamente os anos de convivência não valem mais nada, a amizade vai pro espaço, a solidariedade, a solicitude e a união passam a fazer parte de um passado esquecido. A nova palavra de ordem é: " EU SOU O CHEFE! EXIJO OBEDIÊNCIA!. Nesse ponto a convivência acaba, a confiaça na humanidade acaba. E viver e conviver passam a ser sinônimos de sofrimento;
Mas voltando à vida real (o exemplo acima é meramente ilustrativo: uma situação esdrúxula como esta só pode ser ficção) a gente sempre dá um jeito de resolver as nossas pendências.
E agora teremos Carnaval, a festa mais improvável do mundo.
E depois, a vida seguirá cada vez mais louca, cada vez mais improvável, cada vez mais surreal.